Alterações celulares benignas reativas: o que significa
O exame preventivo — ou Papanicolau, como é popularmente conhecido graças ao seu criador — é um exame ginecológico realizado em mulheres de vida sexual ativa e seu principal objetivo é detectar precocemente sinais que indiquem câncer no colo do útero.
Infelizmente, as nomenclaturas médicas não são fáceis de ler e às vezes é necessária uma ajudinha para melhor compreender o seu diagnóstico.
Exame preventivo de colo de útero ou Papanicolau: o que é
Popularmente conhecido como Papanicolau — graças ao patologista grego Georges papanicolau, criador do método no início do século XXI — o exame ginecológico tem como principal objetivo detectar alterações das células presentes no colo do útero. Também pode ser conhecido como cervicovaginal ou colpocitologia oncótica cervical.
O exame, indolor e capaz de causar apenas um pequeno desconforto que pode ser aliviado caso a mulher consiga relaxar durante a execução do exame, pode prevenir doenças como câncer de colo de útero antes mesmo que a mulher apresente os sintomas. O diagnóstico precoce pode reduzir drasticamente a mortalidade da doença.
Para que o resultado seja o mais preciso possível é necessário que a mulher se abstenha de relações sexuais (protegidas ou não), duchas, medicamentos e anticoncepcionais locais nas 48 horas que antecedem o exame. O sangue da menstruação também pode alterar o resultado.
Quando a mulher deve realizar o Papanicolau (para que serve)
Principalmente mulheres na faixa dos 25 aos 59 anos que possuam vida sexual ativa devem se submeter ao exame periodicamente em intervalos de um ano entre cada exame, mas, se tudo correr bem, esse intervalo pode se estender para até três anos.
É necessário voltar ao local onde foi feito o exame, seja um hospital ou um posto de saúde, e seguir as instruções que lhe forem dadas baseadas no resultado dos exames.
Quase tão importante quanto o exame é buscar os resultados e apresentá-los ao seu ginecologista.
O exame é feito, principalmente, para verificar infecções vaginais (tricomoníase, candidíase e vaginose bacteriana); investigar se há DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis) como gonorreia, clamídia e sífilis; alterações no colo do útero (Papilomavírus e HPV) e também avaliar a possibilidade de câncer no colo do útero.
Também é feito para identificar nódulos pequenos formados devido ao excesso de líquido liberado pelas glândulas do colo do útero, estes nódulos são conhecidos como cistos de Naboth.
Como é realizado o exame Papanicolau?
Um instrumento chamado espéculo (popularmente conhecido como bico de pato, graças ao seu formato) é inserido no canal vaginal para a coleta do material; o profissional capacitado realiza uma inspeção visual do canal e do colo do útero; uma pequena escamação é realizada pelo profissional com o auxílio de uma espátula de madeira e uma escovinha; por fim, as células colhidas são postas em uma lâmina para microscópio e levadas para serem analisadas por profissionais da citopatologia.
Caso haja infecção por HPV, ou uma lesão de baixo grau, é necessário que o exame seja repetido seis meses depois, e em casos de lesão de alto grau o ginecologista lhe orientará da melhor forma como prosseguir.
Resultado do exame Papanicolau diz “alterações celulares benignas reativas”: o que significa
Significa que a paciente resultou negativo para câncer de colo de útero, mas há a presença de uma infecção vaginal. Para tratá-la, é necessário conferir com um ginecologista de sua confiança como prosseguir com o melhor tratamento.